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No livro “Lições da escola da vida”, Baden-Powell indica quatro pontos necessários para fazer um plano de discurso, de livro ou de uma atividade.
Segundo B-P, estas são as bases para o sucesso de qualquer projeto.
a) Saber claramente sua finalidade e saber expressá-la;
b) Que seja atraente;
c) Formular uma lei que lhes sirva de linha de conduta; e
d) Formar uma organização conveniente sob a liderança de chefes competentes.
Foi exatamente isso que ele fez com o Movimento Escoteiro.
Temos inúmeros exemplos de que o planejamento foi seguido a risca por seu criador e, hoje, compete a cada um dos educadores escoteiros tocar este projeto para frente, para que ele continue gerando bons frutos.
A tarefa não é fácil, sem dúvida. Mas, seguindo as orientações dele, temos melhores condições de executar a tarefa e alcançar o êxito esperado.
Mas, para tanto, temos que ser capazes de explicar, claramente, a finalidade do Movimento Escoteiro, não apenas aos pais ou responsáveis, mas, especialmente às crianças e jovens. Para estes, a explicação está inserida no programa escoteiro, ao qual devemos dedicar muita atenção e estudo, disciplina e organização.
Devemos torná-lo ainda mais atraente, sem desculpas que os shoppings, o video-game e uma série de outros fatores que afastam as crianças e jovens do Escotismo. Quem experimente atividades atraentes, progressivas e variadas, tem tudo para gostar. E quem gosta, fica. Fica a trás outros para compartilhar desta experiência.
Quanto a conduta, se não somos capazes de dar o exemplo da Lei e da Promessa, não deveríamos tentar passar estas normas de conduta para crianças e jovens. Não estamos aqui falando em conhecer ou em “saber de cor”. Mas, de seguir os preceitos éticos e morais da Lei Escoteira, fazendo com que, diariamente, a Promessa seja cumprida por nós mesmos. Senão, como posso pretender ensinar aquilo que não vivencio.
Assim agindo, nos manteremos competentes para levar avante esta organização mundial, educacional, voluntária, apartidária e sem fins lucrativos, cujo Norte é educar nossas crianças e jovens para a vida.
Milton disse:
Marcio,
casualmente estou em meio a leitura deste livro, tu sabes que no livro BP comenta sobre as “bombas” em sua vida e o quanto elas afetaram o seu rumo. É tão bom que deveria ser livro de cabeceira para todos nós do Movimento Escoteiro.
Também como educador às vezes sinto falta de acompanhamento, pois adultos no movimento estão ficando escassos, principalmente no Distrito onde atuo.
Sinto enorme carência do exemplo, lei e promessa, mas quando falo desta forma não quero dizer que não há bons exemplos, que tudo está perdido.
Quero dizer que nos falta acompanhamento adulto. Um educador.
Pode ser que este acompanhamento tenha o nome de Assessor Pessoal de Formação, velho lobo, etc…
Alguém que nos indique o caminho, que auxilie no planejamento…. A final, como você disse somos educadores, educador também precisa de um norte.
Hoje quem faz o papel de termômetro é o próprio jovem, e se perguntarmos a eles, eles vão dizer, mais jogos e menos teoria….. Você cai na deles e deixa de conversar deixa a teoria de lado…. Deixa de educar, pois pra mim para educar……e começa a recrear…… Esquecendo o fundo de cena “a famosa moral da história” o verdadeiro objetivo do jogo.
Precisamos treinar os sentidos, principalmente o da escuta “ouvidos”, com ele a paciência do ouvir e ler, pois estamos focados na imagem, e acabamos resumindo tudo achando que entendemos o recado com a velha armadilha que diz “uma boa imagem diz tudo”, até diz, mas precisamos ler receita se quisermos multiplicar com perfeição o que a imagem quis nos dizer. Quando digo isso me refiro ao Movimento Escoteiro.
Márcio Sequeira disse:
Milton,
Quando imaginei o blog MaisUmEscoteiro, esperava justamente o que vi no teu comentário.
Compartilhar nossas dúvidas, nossas angústias, nossos medos (será que estamos fazendo certo?). Ao mesmo tempo, confirmar que o caminho está correto, pelos comentários dos demais, pelas experiências e vivências.
O objetivo do blog é minimizar sentimentos como o teu, de isolamento. Isolamento daqueles que devem ser Educadores, mesmo (como no meu caso) sejamos “educadores práticos” ou empíricos. Educadores com uma responsabilidade muito grande, pois, temos sob nossos cuidados crianças e jovens que se espelham em nós, mesmo quando não temos a formação teórica que a responsabilidade nos exige.
Espero que possamos, cada vez mais, estreitar os laços e aumentar a rede de troca de informações e ideias por meio do blog, por uma lista de mails, pelas redes sociais ou… pelo velho e bom sinal de fumaça!
Seguimos em contato, meu amigo e obrigado pela contribuição, que valeu mais que qualquer post.
Sempre Alerta para Servir!
guilherme73 disse:
olá Milton:
Correndo o risco de ser simplório demais, gostaria de dizer que devemos escutar os jovens sim, mas que como adultos (e utilizando dito que não é meu!) devemos no grupo escoteiro: – ” proporcionar aos jovens que eles estejam lá gostando do que fazem e não apenas fazendo o que gostam”..; digo com isto que é nossa tarefa fazer com que por estes jogos e atividades consigamos auxiliar em sua formação. Sei que atualmente também está mais difícil conseguirmos a atenção e concentração necessária para que jovens (e até adultos) assimilem algo, mas também devemos lembrar que BP mencionou que o escotismo é um grande jogo – e acredito que é desta forma que temos de fazer o jovem “enchergar” aquilo que tentamos à eles passar (ou fazê-los desenvolver). Abraços..
Márcio Sequeira disse:
Guilherme,
Deste uma deixa…. conversamos, um tempo atrás, sobre “O grande jogo”, livro do venezuelano Adolfo Aristeguieta Gramcko. Acho, inclusive que te passei o arquivo que tenho em pdf
Quem tiver interesse, este é um ótimo material sobre a teoria do Movimento Escoteiro, cujo subtítulo é “Escotismo, uma pedagogia para todos os tempos”. Claro, a obra não existe (até onde sei) em português. Mas, quem entende um pouco de espanhol vai se dar bem.
Sempre Alerta para Servir!