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Um programa de rádio de Porto Alegre, hoje de manhã, perguntava se honestidade virou exceção.

O foco da discussão era a boa ação do menino Lucas Eduardo da Rosa, de 12 anos de idade, aluno da Escola de Ensino Fundamental Professora Ana Íris do Amaral, veiculada em vários canais de TV na semana passada.

Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

Ele e o irmão menor estavam a caminho da escola quando encontraram uma carteira que continha R$ 1.500,00. Assim que chegaram na escola, procuraram a professora e entregaram a carteira com os documentos de uma idosa e todo o dinheiro encontrado.

Estas duas crianças são muito pobres e a escola fica na periferia de Porto Alegre. O dinheiro encontrado faria uma grande diferença para a família. Mas, como o Lucas falou em entrevista na TV, sabia que o dinheiro não era deles e que poderia ser de alguém que estivesse precisando muito para pagar suas contas, comprar comida ou até mesmo de remédios. Este último era o caso da aposentada de 74 anos que havia perdido todo o valor recebido no mês.

A polêmica levantada na rádio pareceu-me muito pertinente: quais são os valores do ser humano atualmente que encontrar uma carteira com dinheiro e devolver vira manchete nacional?

A boa ação dos irmãos Lucas e Oséias é o que se espera de todo ser humano, para viver em sociedade. De alguém que seja realmente preocupado com os demais. É fazer para o outro o que espera-se que seja feito para nós mesmos. Em outras palavras: agir como um Escoteiro!

caminhoSerá que o Escotismo ainda é sinônimo de honra tão elevada quanto a destas crianças?

Será que os valores que estamos transmitindo aos nossos jovens tem toda esta abrangência?

Será que as nossas ações correspondem aquilo que, voluntariamente, prometemos fazer mas que obrigatoriamente temos que cumprir?

Somos exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo e respeito para qualquer criança e jovem, faça parte ou não do Movimento Escoteiro?

Algumas vezes nos decepcionamos com o Movimento, como se as pessoas que dele fazem parte fossem o próprio. Mas não o são. É custoso, para muitos, fazer esta separação entre o ser falível e a Instituição.

O Método Escoteiro alinha boas práticas de vida, pautadas pela honra, integridade, lealdade, respeito pela propriedade e bom-senso, além de outros valores exaltados e exultados por todos.

Se você quer ser um bom Escotista, haja sempre e cada vez mais como estas duas crianças que nos deram um verdadeiro exemplo de vida.

Certamente serás capaz de ensinar, pelo exemplo, esta lição para muitas e muitas crianças ao longo de sua vida útil no Escotismo.