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~ Reflexões, inflexões, experiências ou simplesmente ideias sobre o Escotismo

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Arquivos de Categoria: Técnicas Escoteiras

Coluna do Filipe: Monitor, o líder.

11 sexta-feira maio 2012

Posted by Márcio Sequeira in Coluna do Filipe, Escotismo, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

≈ 3 Comentários

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Escoteiro, lider, liderança, monitor, movimento, patrulha, primo, responsabilidade, segundo, sub, submonitor, tropa

Monitor, o líder.

Sabemos da importância de um bom líder para a equipe ou grupos, tanto no Movimento Escoteiro como para qualquer aspecto da vida. Sendo que no Movimento Escoteiro os Primos e Monitores são os que cumprem o papel de líder nas matilhas e patrulhas, respectivamente.

Em uma patrulha, que será a unidade de trabalho dentro das tropas, é essencial que o jovem que foi designado para dirigi-la seja capaz de fazê-lo. Entende-se por capaz não o mais esperto ou inteligente e sim um bom guia, com espírito de liderança.

Algumas qualidades de líder são naturais, mas algumas são adquiridas e podem ser treinadas. As qualidades naturais podem ser expandidas com o tempo, mas as vezes elas são explícitas e logo a patrulha nota estas qualidades e elege esse jovem como seu monitor. Uma das qualidades natas é o “magnetismo pessoal”, notado que o jovem sem esforço atrai os demais para o trabalho, jogos, rodas de conversa e outras atividades. Já as qualidades adquiridas devem ser treinadas e desenvolvidas usando o sistema de patrulhas e pelas técnicas escoteiras.

É importante que o jovem tenha uma idade adequada para cumprir essa função, pois por experiência, nota-se que um mais jovem mais velho não se sente seguro por ter um líder mais novo que ele, mesmo que este apresente mais aptidão para o cargo. Assim como o mais novo, no papel de monitor, pode apresentar insegurança ao guiar os mais velhos.

Por mais que o monitor ou primo, seja totalmente capaz de liderar com suas qualidades naturais e ser treinado nas qualidades adquiridas, é uma tarefa tão importante que não se deve esperar de nenhum jovem que consiga realizá-la sozinho. Ou seja, uma segunda pessoa deve auxiliá-lo e suprir a sua ausência, este jovem terá o papel de Submonitor.

O Submonitor é um membro da patrulha escolhido pelo monitor com aval da patrulha. É essencial que o Monitor e Submonitor cooperem entre si e mantenham a patrulha organizada. Um erro comum dos escotistas é eleger o submonitor sem consultar o monitor e a patrulha. Isso irá prejudicar a patrulha e a correção desse problema se dará somente com a troca imediata do cargo, e isso pode ser visto pelos jovens como uma fraqueza da chefia.

Uma conversa entre o escotista e o monitor, deverá ocorrer para ambos exporem os motivos da indicação do submonitor, se não entrarem em um acordo a escolha é dada pelo monitor e o Chefe não deve impor contra o desejo do monitor. Pois caso, julgue que seja uma escolha equivocada, o monitor tem que aprender com seus próprios erros, isso fará parte do seu desenvolvimento.

Para um bom funcionamento destas equipes, os escotistas tem que saber lidar e treinar os monitores para que eles sejam a ligação entre a patrulha/matilha e os escotistas.

Todos na patrulha devem respeitar o monitor como líder, e este deve saber como guiar e não “empurrar” a patrulha. É preciso dar uma atenção aos monitores, estes devem estar aptos a expor sua opinião e tomar decisões, caso cometa um erro, tem que aprender com este.

Certa vez ouvi que a patrulha é como uma máquina com suas engrenagens, cada elemento é um dente e se um dente quebra toda a patrulha é prejudicada e o monitor faria o papel de eixo guiando os demais. Se todos da patrulha tiverem isso em mente, principalmente os monitores, o sistema de patrulha funcionará facilitando o trabalho dos escotistas.

Seguem 10 características que um grande líder deve ter, não somente monitores, pois se aplicam em todos aspectos da vida:

  1. GRANDES LÍDERES COMETEM ERROS E SE RESPONSABILIZAM POR ELE

Ser um grande líder não significa que você não possa cometer erros. Mas sim que você precisa se responsabilizar por eles e rapidamente começar a resolvê-los (ao invés de culpar o primeiro que aparece). Além disso, um grande líder aprende constantemente com esses erros, garantindo que não aconteçam novamente, atrasando a evolução da empresa.

  1. GRANDES LÍDERES CONSEGUEM FICAR “NEUTROS”

Grandes líderes aprendem a ter controle sobre suas emoções, principalmente de nervosismo. Eles não passam insegurança, não intimidam e não tentam controlar os outros. Pelo contrário: agem como pacificadores e neutralizadores. Ao invés de aguçar, acalmam e tranquilizam.

  1. GRANDES LÍDERES NÃO EXTERNALIZAM SEUS PROBLEMAS

Grandes líderes não expõem todos os problemas para suas equipes. Muito pelo contrário. Eles tentam poupar emoções negativas e deixar os problemas de lado. A equipe deve estar focada em soluções, e não em problemas.

  1. GRANDES LÍDERES TÊM NÍVEIS ALTOS DE PACIÊNCIA E COMPREENSÃO

Grandes líderes permitem que os outros sejam expressivos em suas opiniões e voltados para desafios e oportunidades. Grandes líderes não estão ocupados demais para ouvir sua equipe. E sabem entender as necessidades, desejos e expectativas de cada um.

  1. GRANDES LÍDERES PRODUZEM GRANDES LÍDERES

Líderes excelentes não se sentem ameaçados sem ter o poder e o controle total de uma situação. Eles sabem que não têm a resposta para tudo e nem precisam ter. Eles sabem como construir e incentivar outros líderes sem medo da competição ou da perda de controle.

  1. GRANDES LÍDERES DELEGAM E SABEM QUANDO “SOLTAR”

Grandes líderes se rodeiam de pessoas que têm talentos diferentes, habilidades, estilos de comunicação e diferentes jeitos de pensar. Essas diferenças incentivam a liberdade de expressão, a criatividade, a diversidade e a mudança.

  1. GRANDES LÍDERES TÊM UM ALTO SENSO DE PROPÓSITO

Eles realmente querem incentivar e servir, ao invés de controlar e mandar nos outros. Eles acreditam em um ambiente feliz, saudável e produtivo, onde possam ser um recurso valioso capaz de fazer outros crescerem, e fazerem o seu melhor possível.

  1. GRANDES LÍDERES RECONHECEM E ACONSELHAM SEUS SEGUIDORES CONSTANTEMENTE

Grandes líderes dedicam tempo para conversar individualmente com cada membro de sua equipe. Não somente sobre as funções a serem bem desempenhadas, mas também sobre quem eles são e como ajudam uns aos outros dentro da empresa. Grandes líderes sabem o valor e os benefícios de reconhecer sua equipe de diferentes maneiras.

  1. GRANDES LÍDERES TÊM INTELIGENCIA EMOCIONAL

Grandes líderes conhecem a personalidade e as habilidades necessárias para liderar, inspirar, treinar e dirigir as pessoas para o próximo nível. Eles usam inteligência emocional que permite serem assertivos e conseguirem seus objetivos de maneira mais eficiente.

  1. GRANDES LÍDERES SÃO AUTÊNTICOS E HONESTOS

Grandes líderes sabem o impacto e o valor da honestidade e da autenticidade. Eles estão 100% envolvidos com coração, mente e alma. Eles querem fazer uma diferença positiva com sua equipe.

Veja que para ser um grande líder, não é preciso grandes atos de heroísmo. Nem é preciso mágica ou milagres. Basta que você esteja comprometido com você, com sua profissão, com sua equipe e com sua empresa. E que seu objetivo seja, acima de tudo, ajudar cada um a ser melhor.

Com estas 10 características, você pode agora analisar quais precisam ser mais desenvolvidas. Lembre-se: o poder de ser um grande líder está, acima de tudo, em suas mãos.

Sempre alerta.

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Coluna do Filipe: Comida mateira

13 sexta-feira abr 2012

Posted by Márcio Sequeira in Coluna do Filipe, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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blog, carne fresca, Comida mateira, cozinha, embutidos, ovo no espeto, pão de caçador, Peixe, receita

Comida mateira

Primeiramente, obrigado a todos os leitores que comentam a coluna e o blog, usando o espaço ou pessoalmente. É gratificante e motivador saber que tem sido útil.

E, aproveitando a sugestão do Akelá do G. E. Arno Friedrich-43RS, darei algumas dicas e receitas de comida mateira.

Entende-se por comida mateira, aquela que não se utiliza de utensílios domésticos para a confecção e é feita em campo, acampamentos, jornadas, bivaques, etc. Fazem parte do programa de treinamento de escoteiros, pois cozinhar a própria comida é um desafio e sempre uma grande distração para os jovens. É o momento de experimentar coisas novas e sabores diferentes e improvisar instrumentos, fazendo colher e pratos de bambu, espetos de galhos e muito mais.

Antes das receitas, seguem algumas dicas para a cozinha e o fogo:

  1. A cozinha deve ser limpa e organizada, não deixe restos de comida acumular para não atrair animais. Proteja os alimentos colocando em caixas fechadas e elevadas do solo. Antes de iniciar o preparo separe e verifique todo o material que irá utilizar para não perder tempo e acabar tendo que improvisar;
  2. O ideal é que os cargos de patrulha estejam bem definidos e que cada um saiba e cumpra seu papel. Portanto, o foguista (quem cuidará da fogueira) deve fazer com eficiência o fogo ou braseiro necessários para o preparo de cada refeição. –sobre fogo falarei num outro post;
  3. Evite carne fresca em acampamentos, pois necessita de refrigeração para armazenagem, assim como alguns queijos e frios (presunto, mortadela, etc.). Pode optar por levar carne seca, em conserva ou embutidos. Peixes devem ser pescados no dia.

Como hoje é Sexta-feira Santa, mostrarei primeiro uma receita de peixe na brasa. Você irá precisar:

  • Um braseiro intenso e constante, sem labaredas;
  • Um bambu ou galho flexível verdes de aproximadamente 1 metro de comprimento;
  • Um peixe de mais ou menos 1 kg, limpo e descamado;
  • Sal grosso e tempero a gosto.

Agora fixe o peixe no “espeto” de modo que a pele fique para baixo voltada ao fogo então tempere a gosto, sem exageros. Descanse o espeto uns 40cm do braseiro, de modo que pegue bastante calor mas cuidando para não queimar rapidamente. Fica pronto em 30 ou 40 minutos. Recomendo batatas na brasa para acompanhar, enrole as batatas em papel alumínio e aproxime na brasa enquanto prepara o peixe.

Outra comida divertida, rápida e fácil é o ovo no espeto, para fazermos só precisamos de uma brasa ou fogueira pequena, um espeto fino e liso, que pode ser de bambu, e um pouco de sal fino. Para espetar os ovos tem um segredinho, quebre o topo e a base do ovo fazendo pequenos furos. Atravesso o espeto e tampe os furos com um pouco de sal em cada lado. Agora é só deixar próximo do fogo, cuidando para não queimar o espeto, vai derramar um pouco de clara, mas rapidamente estará pronto para descascar e comê-lo.

Agora um clássico: Pão de Caçador. Quem nunca fez um, irá fazer certamente enquanto escoteiro! Fácil de fazer com qualquer fogueira, precisaremos apenas de um galho para espeto, farinha água e sal. Coloque a água aos poucos na farinha com sal enquanto se mistura com a mão, até obter uma massa consistente que não grude nos dedos. Então faça um espiral com a massa no espeto previamente aquecido. Agora uma dica: se quiser incrementar um gostinho no pão caçador, acrescente manteiga, queijo ralado ou até mesmo doce de leite depois de pronto, vai ficar delicioso.

E para finalizar uma especiaria da cozinha de acampamentos do meu grupo, que tem passado de geração em geração de cozinheiros da tropa escoteira: A Gororoba do Emanuel. Consiste em misturar tudo que normalmente se leva com arroz, prepare arroz normalmente e antes de servir acrescente ervilha, milho, batata palha e maionese. Quem desejar pode colocar um pouco de catchup.

Não se limite a essas dicas, consulte os cozinheiros mais antigos da tropa, certamente cada um tem uma dica para dar. O mais importante é aproveitar o momento e melhor ainda é saborear o gostinho exclusivo que a comida mateira tem.

Sempre alerta e boas refeições!

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Coluna do Filipe: Fogo, fogão e fogueira

13 sexta-feira abr 2012

Posted by Márcio Sequeira in Coluna do Filipe, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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Bear Grylls, blog, Fogão, Fogos, Fogueira, pederneira, Tipos de fogos

Fogo, fogão e fogueira

Como na semana, passada por falhas técnicas, a coluna não foi publicada, as duas seguem juntas hoje.
Complementando o post sobre comida mateira, este tem dicas e instruções para o preparo de alimentos em acampamento, sejam eles com fogo a lenha ou a gás.

Podemos afirmar que o domínio do fogo foi fundamental para nossos ancestrais assim como é para os escoteiros em um acampamento. Por isso, devemos saber que para existir fogo temos que ter três componentes essenciais: comburente (ar, oxigênio), combustível (gás, lenha, parafina, etc.) e calor (gerado por uma faísca, isqueiro ou palito de fósforo).

Sabendo disso devemos lembrar-nos de sempre levar para acampamentos uma maneira de acender o fogo gerando calor, pode ser uma pederneira (pedra que em atrito com aço gera faísca com muito calor) ou caixa com palitos de fósforo, não recomendo o uso de isqueiro, pois o mesmo pode vazar o fluído e ser inutilizado. DICA: enrole os palitos de fósforo em parafina e guarde-os numa caixinha protegidos da água com um saco plástico vedado, que em caso de chuva ou umidade irá protegê-los. A pederneira funciona mesmo molhada.

Para o combustível, no caso de fogão/fogareiro é o gás, seja ele em botijão, liquinho ou em pequenos tubos. Vale lembrar que são perigosos e exigem um cuidado especial no manuseio, transporte e armazenamento, por ser explosivo o gás deve ficar afastado da fonte de calor e os vasilhames não devem sofrer pancadas.

O preparo de alimentos é certamente mais fácil com o uso de fogareiro, pois a chama é facilmente controlada pelas válvulas. DICA: proteja as chamas do vento, esse pode apagá-la ou empurrá-la para os lados dificultando o preparo da comida. Após o uso do gás verifique se não ocorre vazamento, com um pouco de água e sabão na boca do botijão é possível ver se forma bolhas. Se isso ocorrer o parafuso dentro deve ser ajustado com um leve aperto.

Se preferir usar fogueira para preparar sua comida no acampamento, então a lenha servirá de combustível.

O básico sobre fogueiras: inicie com uma bucha (folhas secas, papel, palha), coloque gravetos finos e bem secos por cima, a seguir madeira média e para um braseiro mais intenso lenha grossa. Sempre use material bem seco e nunca use lenha verde. Um segredo é não abafar o fogo no início, excesso de combustível impede que o comburente (ar) alimente o fogo.

Tenha sempre a mão mais lenha para ir alimentando o fogo conforme a necessidade, caso a madeira esteja um pouco úmida deixe próxima da fogueira para pegar o calor e secá-la para poder usar esta mais tarde.

No acampamento tenha um pequeno estoque de lenha e proteja-o da chuva e da umidade do solo, para quando precisar de madeira seca ela estará pronta para o uso.

Abanar e assoprar no início funciona desde que esteja bem alimentado com combustível o fogo, não adianta se a madeira estiver molhada ou verde.
Se usar panelas na fogueira, passe uma fina camada de sabão em barra na parte externa da panela, a fim de proteger o metal e evitar o escurecimento.

Faça uma barreira para o vento, permita que o ar chegue ao fogo, mas o vento pode prejudicar o preparo da comida.

Dependendo do local que for fazer o fogo, deverá adaptar o preparo do terreno, protegendo com pedra ou cavando.

Pode usar a fogueira para descontrair durante a noite, marshmallows ficam ótimos na fogueira e será bem divertido compartilhar esse momento com a tropa.

Siga e passe adiante essas dicas e se tiver outras pode compartilhar com todos aqui.

Sempre Alerta!

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Coluna do Filipe: Segurança no uso do canivete e ferramentas de corte

30 sexta-feira mar 2012

Posted by Márcio Sequeira in Coluna do Filipe, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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blog, canivete, facão, ferramenta de corte, fio, machadinha, machado, segurança, serra, treinamento, wd40

Segurança no uso do canivete e ferramentas de corte

Instrumentos de corte foram as primeiras ferramentas criadas pelo homem primitivo e são sempre de grande utilidade para nós tanto na cidade como no campo, em acampamentos. É sempre bom ter um canivete a mão como eu disse na primeira postagem. Não ande pela cidade com uma faca ou facão pendurado na cintura, além de ser proibido é perigoso para você e as pessoas ao seu redor, no máximo ande com um canivete no estojo.

Para o uso adequado é necessário seguir algumas “regras” de segurança e manuseio, aplicáveis a qualquer ferramenta de corte (entende-se como ferramenta de corte sendo faca, canivete, facão, machado, machadinha e serra).

Mantenha seu material protegido, ao guardá-lo evite deixar exposto à umidade e sem sua capa e sem usar algum óleo antiferrugem. O maior inimigo de uma ferramenta de metal é a oxidação, faz perder o fio facilmente e a deixa mais frágil, diminuindo sua vida útil e pode causar acidentes. É recomendado que seja feito o seguinte: após cada utilização deve ser completamente limpo, aplicada uma fina camada de óleo (recomendo WD40 ou similar) na parte metálica, então enrolado em uma folha de jornal e guardado na bainha original.

Quando for utilizar novamente verifique a integridade, se o cabo não está solto e se a lâmina não apresenta oxidação ou dentes no fio. Caso necessário faça a manutenção, troque o cabo, faça o polimento do aço com uma lixa para metais bem fina e não se esqueça de manter a lâmina sempre afiada. Pois a falta de fio torna o manuseio mais perigoso.

Caso você leitor (escoteiro), não tenha experiência peça ajuda ao seu chefe, ele irá lhe ensinar com detalhes.

Na questão de segurança, é preciso frisar que ferramentas de corte podem causar ferimentos graves, que dependendo do local atingido podem causar a morte em poucos minutos. Portanto, somente quem tem treinamento e experiência podem usar tais ferramentas.

Lembre-se:

  • Transporte canivetes sempre dobrados, facas e facões em suas respectivas bainhas, não corra e tenha cuidado com o percurso;
  • Não abandone suas ferramentas, não as esqueça largadas em qualquer lugar. Deixe sempre bem organizado o canto do lenhador, guarde tudo protegido do sereno e da chuva para evitar umidade;
  • Ao passar para outra pessoa segure pela lâmina com o fio voltado para o lado contrário da palma da mão, solte somente quando tiver certeza que o outro está segurando firmemente.

Lembrem-se, ferramentas não são brinquedos e até o melhor dos lenhadores deve parar para afiar seu machado. #ficadica

Este tema foi sugerido por um leitor do blog, para complementar a minha primeira participação “O escoteiro e seu canivete”, pois, de nada adianta ter uma ferramenta e não saber utilizá-la corretamente. Siga o exemplo e sugira o tema da próxima semana.

Sempre Alerta!

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Coluna do Filipe: Pioneirias de alto nível

23 sexta-feira mar 2012

Posted by Márcio Sequeira in Coluna do Filipe, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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bambu, blog, Conhecimento, Escuteiro, Especialidades, Ferramentas, Jamboree, Matéria prima, Pioneiria, Planejamento, scout, Scouts, sisal, tronco, World

Pioneirias de alto nível

Para quem não sabe, pioneiria é uma construção utilizando material natural que tem por finalidade auxiliar na estadia durante um acampamento, podendo ser elas uma mesa, um pórtico e até mesmo uma ponte entre outros, variam de tamanho e utilidade.

Lembrando do último Jamboree em 2011 na Suécia, onde havia um grande parque de diversões feito com “pioneirias” e muitos pórticos e torres que os jovens construíram nas entradas de suas tropas, que além de identificar e servir de porta eram grandes obras de arte.

Algumas atingiam 6 metros de altura e contavam com engenhocas, desde escadas e roletas a postos de observação no alto delas. Eram incríveis e inspiradoras.

O intuito deste post não é ensinar a fazer estas pioneirias, pois acredito que se aprende fazendo e é preciso muito treinamento, mas sim dar algumas dicas que podem ser úteis na confecção destas:

  • PLANEJAMENTO: Não inicie nenhum tipo de empreitada sem planejar. Verifique o tipo de material que tens disponível, ferramentas e onde irá construir sua obra, faça um esboço (desenho) de como vai ficar, assim terá uma noção de quanto material vai precisar e o tamanho de cada peça;
  • FERRAMENTAS: Utilize as ferramentas adequadas para cada serviço, por exemplo: corte toras com machado, galhos com facão, bambu com serra, sisal e barbante com faca ou canivete. Para a segurança de todos use somente o que tem total habilidade com o manuseio;
  • MATÉRIA PRIMA: O material utilizado para a pioneiria deve estar de acordo com o tamanho e utilidade que esta terá. Se for de grande porte, utilize madeira (tronco) firme ou bambu de maior diâmetro e para fixá-la use cordas mais espessas e firmes, já para pioneiria de pequeno ou médio porte utilize bambu de menor diâmetro e sisal. É importante observar a consistência do material utilizado, madeira e bambu podres ou rachados podem quebrar causando um acidente assim como se utilizar sisal de má qualidade. Corte somente o que for utilizar, a natureza agradece;
  • CONHECIMENTO: Saber como fazer os nós e amarras é fundamental, os escotistas devem treinar sua tropa com essas técnicas para não fazer feio em um acampamento, uma amarra bem feita é elemento importante de uma ótima pioneiria.

Além disso, você sabia que existe a Especialidade de Pioneiria? Pois é, pode utilizar as etapas como treinamento e ainda conquistar mais um distintivo.

Deixe sua dica ou sugestão de assunto para as próximas semanas.

Boas construções e Sempre Alerta!

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Coluna do Filipe: Porque o segredo do Escotismo também está nos jogos?

11 sexta-feira nov 2011

Posted by Márcio Sequeira in Escotismo, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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ar-livre, grande jogo, jogo ativo, jogos, jogos cooperativos, Jovens, Programa de Jovens

Porque o segredo do Escotismo também está nos jogos?

Uma maneira de ativar o espírito de equipe, desenvolver o aspecto físico e estimular a competitividade sadia e outros aspectos é aplicando jogos. Por mais que as atividades com técnicas escoteiras sejam interessantes, os jovens praticamente pedem por jogos ativos. Afinal, é no Grupo Escoteiro, com sua Tropa, que eles têm a oportunidade de gastar as energias acumuladas nos seus apartamentos ou casas durante a semana.

Um jogo ativo ou moderado aplicado ao ar-livre, numa praça, é bastante atrativo, principalmente se permitir o contato direto com árvores e gramados. Notei, enquanto Escotista, e lembro-me de quando era jovem o quanto é divertido cair na grama e subir em árvores.

O contato com o “verde” e interação com os outros jovens é um forte estimulante e os atrai para as próximas atividades.

Revezar este tipo de jogo com os calmos, que precisam de raciocínio ou reflexão, com aplicação de técnicas é importante e deve ser aplicado sempre. Lembre-se de aplicar “atividades progressivas, atraentes e variadas”.

Para aplicação de jogos com contato entre os jovens, devemos deixar claras as regras desde o início, mas permitir mudanças durante a aplicação para ajustes na dificuldade do jogo, permitindo um equilíbrio e evitando faltas ou ferimentos. Divida as equipes de forma parelha. Caso haja em uma patrulha ou matilha alguns jovens com mais porte físico que em outra, procure equilibrar as equipes. Informe aos jovens o que é proibido, como tapas, puxões e chutes.

Para qualquer jogo:

  • Escolha o local adequado,
  • Separe o material previamente, para não perdermos tempo e acabar dispersando a atenção de todos;
  • Demarque o campo limitando uma área onde será permitido se movimentar, evite obstáculos no meio do campo, a não ser que faça parte do jogo;
  • Divida as equipes, caso seja uma competição entre patrulhas evite a desigualdade, separando os maiores, permitindo a participação de todos equilibrando as equipes;
  • Esclareça, de forma bastante clara, as regras e o objetivo do jogo;
  • Esteja certo que terá apoio de quantos assistentes forem necessários;
  • Durante o jogo, observe se nenhum jovem está descumprindo as regras, caso ocorra, crie penalidades, como ponto para equipe adversária ou o jovem aguardar no “banco” por meio minuto e se tornar a descumprir as regras de forma grave ou violenta retire-o do jogo para evitar um conflito maior, use sempre o bom-senso;
  • Faça com que todos participem, incentivando e mudando as regras caso note que há um ou outro que fique mais afastado no jogo;
  • Evite a euforia demasiada, caso os ânimos se exaltem de forma excessiva, quebre o clima com uma mudança de objetivo, troca de campo ou simplesmente mude de jogo. Pois podem ocorrer problemas de indisciplina;

Nem todo jogo ativo precisa ser competitivo, quero dizer que muitos jogos cooperativos exercitam sede pela vitória, sendo esta compartilhada por todo o grupo que atingiu o objetivo do jogo além de fortalecer o espírito de equipe sem deixar de lado os demais aspectos.

Escolha bem cada jogo e a ordem de aplicação deles, procure na internet sugestões de jogos, uma dica que dou é também procurar em livrarias, no setor de Educação Física é fácil encontrar vários livros com jogos coletivos, competitivos e cooperativos.

Faça uma breve avaliação após cada jogo. Perceba a reação de cada um e equilibre os níveis de cada jogo. Não acredito em “receitas”, mas acredito que seguindo o bom senso e lembrando alguns detalhes, fica fácil atingir o sucesso.

Comente, deixando sugestões de jogos, sites ou livros.

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Escotismo: simplesmente acampamento?

07 segunda-feira nov 2011

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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acampamento, Arambaré, Atividade Escoteira, atividades atraentes, Baden-Powell, Clã Pioneiro, desenvolvimento pessoal com orientação individual, Educação para a vida, Escoteiro, Escotismo, Escotista, Lagoa dos Patos, Mais um escoteiro, Método Escoteiro, Missão do Escotismo, Movimento Escoteiro, Mundo melhor, Scouts, ser escuteiro

Acampar é fácil. Diversão garantida para as crianças e jovens.

Mas com propósito, realizando plenamente as potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, atuando como participantes úteis nas comunidades que recebem o acampamento, são poucas instituições que o fazem.

Assim, no ultimo final de semana, quando o Segundo Distrito Escoteiro de Porto Alegre levou cerca de 200 pessoas para Arambaré, uma cidadezinha de 3.600 habitantes, na costa da Lagoa dos Patos, a 156 km da Capital do Rio Grande do Sul, foi possível sentir que o significa Simplesmente Escotismo.

O tempo ajudou com sol na medida certa e com uma neblina para aplacar o que seria um calor exaustivo e um sol escaldante na manhã de domingo. Mas, certamente, o ânimo da gurizada estava ainda melhor.

De Lobinho a Pioneiros, todos envolvidos, de alguma forma, na prática mais que perfeita do Escotismo: a vida ao ar livre.

E para quem não lembra, o Movimento Escoteiro nasceu ao ar livre. Foi criado, justamente, para que a prática e salutar educação imaginada por Baden-Powell fosse levada para fora das cidades.

É como se nosso fundador nos disse, sempre, “saiam de suas sedes”, “levem os jovens para ver como a vida é bela junto as matas e campos, montanhas e lagos”, “oportunizem a vida ao ar livre e eles crescerão saudáveis, responsáveis e educados”.

Esta vida ao ar livre serve, entre outras, para que nossas crianças e jovens convivam cada dia mais com a natureza, barracas, fogueiras e menos com concreto, video-game, stress da cidade. Se presta para que eles possam conviver em patrulha.

Detalhe importantíssimo: o Município de Arambaré acredita e incentiva o Movimento Escoteiro, certo de que a educação para a vida, trazida pelo Escotismo é fator modificador, qualificando o futuro das crianças e jovens daquele pequeno Município. Tanto que tem apoiado, incondicionalmente, o recém formado Grupo de Escoteiros do Mar – 101, de Santa Rita do Sul.

Ouvido o representante do Prefeito e a Secretária Municipal, que visitaram o evento, temos a certeza de que o Movimento Escoteiro é muito mais do que simplesmente acampamento.

Fica uma forte palma escoteira aos administradores públicos de Arambaré!

Aproveitem para ver algumas das belas imagens deste momento mágico do Escotismo.

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Coluna do Filipe: Cadê as coisas na minha mochila?

04 sexta-feira nov 2011

Posted by Márcio Sequeira in Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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acampamento, acantonamento, bivaque, caminhada, excursão, mochila

Cadê as coisas na minha mochila?

Aproveitando que estamos às prévias do nosso acampamento (2º Distrito de POA), quero falar de um assunto que gera muitas perguntas para os escoteiros mais novos e aproveito para deixar algumas dicas para aqueles que já têm alguma experiência.

Para arrumarmos nossa mochila temos que saber o tipo de atividade e o tempo de duração, pois isso determinará o tamanho da mochila, a quantidade de roupas e o que levar.

Se for uma excursão ou bivaque (sem pernoite), use uma mochila pequena com capacidade aproximada de 35 litros, levando no máximo um conjunto de roupa caso seja necessária a troca, um agasalho, além do cantil, boné, protetor solar e algum lanche. Não leve nada além do necessário, por isso avalie o tipo de atividade, se terá caminhada não leve nada excessivo para evitar peso na mochila e aumentar o esforço, no caso de atividades aquáticas deve lembrar-se de levar toalha e roupa de banho e se for uma caminhada na mata leve repelente de insetos.

Agora se for acampar ou acantonar, use uma mochila que acomode de forma confortável todo o material de acordo com a duração, para um acampamento ou acantonamento de uma noite use uma mochila com pelo menos 60 litros de capacidade. Na mochila tem que caber um conjunto de roupas, com bermuda, calça, uma ou duas camisetas e casaco, também dois pares de meias e cuecas ou calcinhas e sutiã. Se sua tropa fará jogo noturno, leve um conjunto na cor preta ou mais escura possível, isso ajudará se o jogo pedir discrição e camuflagem. Junto com tudo isso ainda terá de acomodar também o material básico.

O material básico que deve ser levado independente do tempo acampado ou acantonado é:

  • Saco de dormir,
  • Isolante térmico,
  • Lanterna com as pilhas separadas,
  • Toalha de rosto e de banho,
  • Roupa de banho (sunga, calção, maiô ou biquíni),
  • Sabonete e xampu,
  • Desodorante,
  • Escova e creme dental,
  • Par de tênis extra e chinelo,
  • Cantil,
  • “Máquina de comer”, com colher, faca, garfo, prato e copo plástico ou alumínio (para não quebrar).
  • Itens que poderá precisar durante um acampamento: câmera fotográfica, canivete, fósforos, agulha e linhas, bússola, papel e lápis, pilhas extras, papel higiênico, repelente e protetor solar.
  • Separe o material em sacolinhas bem fechadas e de forma organizada e que fique fácil de achar, isso impedirá que em caso de chuva não molhe seu material, ou se algo vazar não suje as roupas.
  • Acomode o que for mais macio no lado que faz contato com as costas.
  • Leve sacolas extras para colocar o lixo e roupas sujas.
  • Enrole as roupas para evitar que amassem.
  • Coloque o que for mais pesado na parte mais abaixo da mochila.
  • Verifique o material uma semana antes e comece a preparar a mochila pelo menos dois dias antes, pois se precisar comprar ou reparar algo, que isso seja feito com antecedência. Não deixe para última hora ou poderá esquecer algo e descobrir que está rasgado, danificado ou sem pilhas.
  • Agora, antes de colocar na mochila separe cada item em cima da cama, faça uma lista e marque os que vão sendo guardados, se você está em dúvida se deve levar algo é porque provavelmente não deverá levar, então pense bem antes de colocar na mochila.

Evite:

Levar remédios, se precisar tomar algum ou está em tratamento, este deverá ser entregue para o chefe com a receita e recomendações;
Itens de vidro ou quebráveis, sabemos que durante o trajeto a mochila poderá bater, cair e sacudir, isso acabará quebrando qualquer coisa dentro dela;
Aparelhos eletrônicos, celulares e tocadores de música, por serem objetos de valor elevado, se perdidos durante a atividade poderão causar bastante transtorno, se levar entregue para o chefe e ele guardará para você até o término da atividade;
Levar líquidos inflamáveis e explosivos (spray), leve repelente líquido e desodorante tipo bastão ou roll-on, pois se expostos ao calor do sol não têm risco de explodirem dentro da sua mochila ou barraca;
Doces, salgadinhos ou qualquer outro tipo de “contrabando”, eles descontrolam a alimentação, podem gerar conflitos entre os elementos, além de atrair para a barraca formigas e outros visitantes indesejáveis;
Itens pendurados na mochila, pois atrapalham para carregar e no trajeto podem se soltar.
Lembre-se: O escoteiro tem que ser capaz de carregar sua própria mochila, por isso, quanto menos peso e menos volume, melhor.

Agora é só colocar nas costas, ajustar para maior conforto e partir para a atividade.

Se tiveres algo acrescentar ou sugerir o próximo assunto, por favor, comente.

Sempre alerta!

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Coluna do Filipe: Fogo de conselho

28 sexta-feira out 2011

Posted by Márcio Sequeira in Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

≈ 8 Comentários

Fogo de conselho

Primeiramente, obrigado pelo sucesso do primeiro post e espero poder auxiliar no crescimento do Movimento Escoteiro. Aproveito e convido todos a sugerir assuntos, deixar suas dúvidas ou casos para comentarmos. Vamos lá…

O ápice das atividades escoteiras é o acampamento, onde o jovem coloca em prática tudo aquilo que aprendeu nas atividades dos sábados. É o momento de maior convivência com a patrulha, tropa e grupo ou até mesmo com outros grupos. E no fogo de conselho temos a grande oportunidade de nos integrarmos, de interagir e nos divertir mais, compartilhar experiências e refletir sobre as atividades até o momento vivenciadas.

Além de toda a parte espiritual, divertida e de interação, para termos sucesso durante o Fogo de Conselho temos que prestar atenção no aspecto técnico. Primeiro: a fogueira. Para tal, precisaremos de material previamente separado e em adequada quantidade de acordo com a duração que pretendemos. Separe gravetos, material para acendimento rápido (jornal, folhas secas, etc.), lenha média, toras e material isolante, como pedras ou até mesmo uma vala rasa para evitar que o fogo se espalhe além dos limites da fogueira.

Todo o material deverá estar separado e previamente organizado para não perdermos tempo durante a cerimônia. Por isso, definir uma equipe de serviço é o ideal e está ficará responsável da manutenção do fogo durante as apresentações. Lembre-se de ter em mãos algo que acenda facilmente o fogo, isqueiros ou caixas fósforos, o uso de buchas parafinadas ou tochas embebidas em líquido inflamável é uma boa idéia, desde que se tenha cuidado com a segurança.

A fogueira pode ser substituída por lamparina ou lampião, caso o local não permita fogo de chão ou o clima não seja favorável.

Outro item importante é a programação, defina um Mestre de Cerimônia, que conduzirá as apresentações (danças, esquetes, jogos, etc.) de acordo com a programação que deverá ser feita previamente e combinada com todos envolvidos. Inclusive com a equipe de serviço.
Tanto o mestre de cerimônia como a equipe de serviço tem que ter em mente, algo simples, mas que é o segredo do Fogo de Conselho: a “evolução do fogo”.

Funciona da seguinte forma: o fogo começa fraco, queimando os gravetos e vai aumentando sua intensidade conforme consome a lenha, aumentando seu brilho e calor – pode-se até ouvir os estalos da madeira como aplausos concedidos pelo fogo. Momento para danças de ritmo suave e poucos movimentos começando com “Sobe a chama…” e apresentações de esquetes ou jogos.

Quando chega ao seu auge, brilha com grande intensidade e gera bastante calor é a hora em que músicas agitadas e jogos com grande envolvimento deverão ser apresentados. Após, sem que seja alimentado, o fogo já não tem o que consumir e começa a se extinguir, nesse momento amenizamos o ritmo da roda ao redor com músicas calmas e poucos movimentos até que restem apenas algumas brasas e um suave brilho do fogo.

No momento que esteja quase extinto e restando apenas o calor das brasas é que se forma a Cadeia da Fraternidade e encerramos com a Canção da Despedida.

Tradicionalmente o Mestre de Cerimônia ou alguém indicado por ele, usa o momento para reflexão e agradecimento à Força Maior (não importando a fé ou crença).

Se você pretende ser mestre de cerimônias de um Fogo de Conselho, sendo ele temático ou não, lembre-se que o importante é se divertir e que cada acampamento deixe o sentimento de que foi “o melhor”. Dê o melhor de si, dedique-se, escolha algum texto para o momento, se planeje, ensaie, faça de coração e tudo dará certo, todos gostarão muito e o momento ficará gravado por muito tempo.

Agora, para os que estarão do outro lado da fogueira, algumas dicas para quem vai se apresentar ou organizar uma apresentação, sendo individual ou por patrulha, tropa, etc.:

  • Se posicione de forma que a fumaça ou o fogo não atrapalhe, permitindo que seja visto e ouvido por todos;
  • Fale alto, diálogos devem ser bem pronunciados e a narração deve ser alta e clara, instrua os jovens para falarem mais alto que o normal e trabalhe isto, especialmente com lobinhos e jovens recém chegados;
  • Fale pausadamente, permita que cada parte da fala seja entendida e evite que os diálogos se sobreponham;
  • Use uma “cola”, para não correr o risco de esquecer uma fala ou diálogo mais longo e acabar atrapalhando a apresentação, um pequeno pedaço de papel com a parte da fala permite que no meio da apresentação ela seja lembrada;
  • Lembre aos escoteiros que devem esperar até que os risos parem antes de continuar falando, de forma que todo mundo possa ouvir as palavras e entender o que se passa;
  • Use de exageros, movimentos dos braços, grandes sorrisos, grite e use caretas exageradas, isso vai tornar mais divertida a apresentação e prenderá o público;
  • Simplifique sempre, permita mudanças, mude algo, inclua e exclua o que for preciso, mas sempre simplificando, afinal, para que complicar se podemos simplificar;
  • Ensaie, de nada serve combinar tudo e não ensaiar, o treino leva a perfeição;
  • Certifique-se que cada um tem um papel ou função durante a apresentação, não deixe ninguém de fora;

Evite a timidez, sabemos que alguns são mais tímidos que os outros, principalmente os que estão participando pela primeira vez. Se for Akelá entre junto incentivando e ajudando os lobinhos. Se um escoteiro é extremamente tímido, faça com que ele participe, em sua primeira encenação, com alguma coisa que não envolva palavras. Se, no princípio, seus escoteiros tiverem uma boa experiência, logo você poderá relaxar e desfrutar o espetáculo.

Assim como para mim, espero que cada Fogo de Conselho seja inesquecível para vocês, não importando de que lado da fogueira esteja.

‘Não é mais que um até logo, não é mais que um breve adeus… ’ E com a certeza de voltarmos a nos ver.

Sempre alerta!

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Inovação no blog: colunista Filipe G. Monteiro com seu primeiro post

21 sexta-feira out 2011

Posted by Márcio Sequeira in Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

≈ 8 Comentários

Antes de começar o artigo gostaria de me apresentar, sou o novo colunista do blog Mais Um Escoteiro: Filipe G. Monteiro, escotista com nível básico no ramo escoteiro e quase 15 anos de promessa. Minha proposta para este blog não é competir com os artigos do Chefe Márcio Sequeira e sim falar de assuntos técnicos do dia-a-dia do escoteiro (quando digo escoteiro, serve para qualquer ramo), dar aquela mãozinha para o chefe que está começando agora, dividir minha experiência como escoteiro e como escotista.

Espero que gostem e que sejam proveitosos os próximos artigos. Agradeço ao Márcio por topar a parceria. Vamos lá…

O escoteiro e seu canivete

Outro dia, antes de iniciar a atividade, pedi para um dos monitores o canivete emprestado, pois o meu estava na minha mochila e longe de mim no momento, foi quando ele me respondeu que não tinha canivete.

–“Como pode um escoteiro, que já fora lobinho por quatro anos e mais três no ramo escoteiro, não ter um canivete!” Foi o que falei para ele na hora. Aproveitei para orientá-lo que comprasse um tão breve possível, que não precisava ser um suíço e que sempre andasse com ele na cintura, afinal, o escoteiro está Sempre Alerta.

Existem basicamente 2 tipos, os com apenas uma lâmina e os de multifunções. O simples de uma lâmina é prático para cortar o que for preciso, desde o pedaço de corda a um pequeno galho, bom de ter sempre a mão. Já os de multifunções (tipo suíço), são práticos pela quantidade de ferramentas que são agregadas, como saca rolha, abridor de lata, serrote, tesoura, alguns mais completos vem com lupa, bússola e pen-drive. A escolha deve ser feita conforme for utilizá-lo.

“Precisa comprar um Victor Inox¹?” Claro que não, fui comprar o meu há menos de cinco meses, era um item que faltava na minha coleção de facas e canivetes. O importante é que tenha uma boa lâmina, pois uma ferramenta sem qualidade é mais perigosa do que útil.

O ideal é adquirir em lojas de caça e pesca e evitar os “made in china” e os muito grandes, pois a vantagem de um canivete é a possibilidade de termos mais de uma função em uma pequena ferramenta. Procure um de aço inoxidável (inox), que além de não enferrujarem são mais resistentes e mantêm o fio por mais tempo.

É claro que se puder adquirir um suíço, terá a garantia da ótima qualidade e que passará para as próximas gerações. -Claro, se não perdê-lo em um acampamento.

Não se esqueça dos cuidados básicos, afiando e lubrificando-o sempre que necessário. Lembre-se de manuseá-lo com segurança, ele é uma ferramenta e não um brinquedo.

¹ Victor Inox é a tradicional fabricante dos conhecidos canivetes suíços, de ótima qualidade.

—

Os artigos do colunista Filipe G. Monteiro serão publicados todas as sextas-feira.

Os artigos do Márcio Sequeira continuarão sendo publicados às segundas-feira.

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