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~ Reflexões, inflexões, experiências ou simplesmente ideias sobre o Escotismo

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Determinação, nossa e deles para fazer o Melhor Possível

05 segunda-feira ago 2013

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Movimento Escoteiro

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angela lee duckworth, atividades atraentes, ética, B-P, Baden-Powell, cidadão, conta-gotas, determinação, duckworth, Melhor possível, progressão, respeito, TED Talks, valores, variadas

Assisti, tempos atrás, a apresentação da Dra. Angela Lee Duckworth no TED TALKS, na qual fala que pesquisas científicas, elaboradas por psicólogos americanos, apontam que a chave para o sucesso pode estar na determinação.

Já vi algumas vezes este vídeo e sempre surpreendo-me com importantes questões contidas na fala dela. Como acontece comigo várias vezes, refleti sobre o assunto do ponto de vista do Movimento Escoteiro.

determinação

A certa altura ela pergunta: Como gerar determinação nas crianças? Como fazer para ensinar-lhes uma ética de trabalho sólida?

Segundo meu entendimento, tais questões também estão postas na cabeça dos Escotistas a cada novo sábado de atividade. E uma das resposta pode estar no trabalho em equipe, desde que observado o respeito das individualidades. Também, no que a educação escoteira tem de melhor, colocando de “conta-gotas” valores positivos e cooperativos na vida destas crianças e jovens, em situações que passam a ser rotineiras e permanentes, formando e forjando o cidadão responsável e preocupado com o futuro da cidade, do país e do mundo.

Para instigar-nos ainda mais, a Dra. Angela questiona como podemos manter crianças e adolescentes motivados no longo prazo? Novamente o Movimento Escoteiro tem uma das respostas: atividades atraentes, progressivas e variadas.

Todo Chefe de Seção sabe que o crescimento do efetivo está ligado ao sucesso das atividades escoteiras. Se o sucesso for efêmero, a permanência dos jovens será temporária e a evasão será o resultado.determinação 2

Como referi antes, vejo o Movimento Escoteiro numa ação em “conta-gotas”, ou seja, precisamos de um longo período para visualizar o resultado do fortalecimento dos valores, do caráter e da ética forjando nossos jovens. Por ser um trabalho de médio e longo prazo, não podemos dar chance à evasão.

Logo, as atividades devem, necessariamente, serem  as mais atraentes, mantendo a progressividade e a variação que mantenha-os esperando pelo próximo capitulo. Devem estar de acordo com a expectativa dos nossos jovens, sem perder o caráter educativo, como nos dizia B-P.

Neste caminho, retorno ao que ensina a Dra. Angela Duckworth: Devemos estar dispostos a tentar,a  falhar e a começar de novo com as lições aprendidas. Precisamos estar determinados a tornar nossas crianças mais determinadas.

Logo: façamos o nosso Melhor Possível!

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Pirataria: a gente se vê por aqui

13 segunda-feira maio 2013

Posted by Márcio Sequeira in Acampamentos, Educação, Escotismo, Movimento Escoteiro, Técnicas Escoteiras

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atividades atraentes, caça ao tesouro, GEMar, Grupo Escoteiro do Mar, ilha, lancha, Passo da Pátria, Pedras Brancas, pirataria, Piratas, porto alegre, V Pirataria

Neste final de semana fui convidado a participar do encerramento do V Pirataria, atividade organizada (e muito bem) pelo Grupo Escoteiro do Mar Passo da Pátria.

Desde 1971 o GEMar Passo da Pátria agita o Lago Guaíba, em Porto Alegre, com suas velas e remos. E desde 2008, abriu as escotilhas para que os Escoteiros da modalidade da Básica pudessem sentir o gostinho da marinharia.

O tempo firme e com relativo calor deste final de semana proporcionou um sábado maravilhoso e a superfície do Guaíba parecia mais um espelho.

Espelho 2

Nosso deslocamento ate a Ilha do Presídio (seu nome correto é Ilha das Pedras Brancas, mas o apelido deve-se ao funcionamento de um presídio no local, hoje desativado) foi realizado numa lancha rápida. Desta forma, o trajeto era feito em pouco mais de 5 minutos.

Pilotando

ilha 2* Para quem quer saber um pouco mais da história desta ilha, encontrei no blog “Ilhas das Pedras Brancas”, mantido pelo Movimento Pró-Cultura Guaíba/RS o texto transcrito no final do post de hoje.

O V Pirataria, seguindo o mesmo padrão dos eventos anteriores, consistia numa Caça ao Tesouro, com várias bases, todas realizadas na ilha. As Patrulhas iam vencendo os desafios e conquistando as moedas deixadas pelos “piratas”.

Haviam quase 300 escoteiros inscritos e o transporte da sede do Grupo até a Ilha foi feito com várias embarcações, algumas delas pertencentes ao próprio GEMar Passo da Pátria e outras locadas para levar com segurança todos os Escoteiros e Escotistas.

Como cheguei no final da tarde, o que esperava ver era o cansaço de um dia muito corrido. Mas, ao contrário, o que se via era a alegria no rosto de cada Escoteiro. Lembrei que para muitos deve ter sido a primeira experiência em atividades náuticas e a primeira excursão a uma ilha.

Não pude deixar de refletir sobre a sorte daquelas crianças e jovens, pelo simples fato de participar de um evento como este. Sorte por terem pais que acreditam no Movimento Escoteiro, nas suas atividades sadias, nas aventuras controladas, nas experiências do trabalho em equipe posto em prática.

Nos dias de hoje tantas são as opções para não sairmos de casa, tantos são os riscos encontrados nas ruas, forçando pais e responsáveis a tolher a liberdade das nossas crianças (liberdade que a minha geração ainda tinha).

E como uma bela alternativa a isto encontramos o nosso centenário Movimento Escoteiro, com suas as atividades sempre atraentes, definitivamente progressivas e com toda a variedade que os Escotistas podem oferecer. Digamos, também, que a segurança que o Escotismo transmite, faz que os pais modernos (sempre preocupados com os riscos) permitam que seus filhos com idade entre 11 e 15 anos passem o dia inteiro numa ilha. Este é mais um ponto positivo que pude ver no V Pirataria (nenhum Escoteiro ou Escotistas embarcava sem trajar colete salva-vidas).

Tenho certeza de que são atividades como esta que o Movimento Escoteiro deve, cada vez mais, proporcionar aos nossos jovens. Todo o aprendizado teórico dos sábados de atividade em sede, transforma-se, magicamente, numa excursão (náutica ou não) como esta.

Galera

História da Ilha:

“Há registros de que a ilha era usada pelos Farrapos como entre posto da travessia Guaíba-Porto Alegre, durante a Revolução Farroupilha (1835-1845).

A ocupação permanente da Ilha das Pedras Brancas iniciou em 17 de julho de 1857, quando o Exército construiu na Ilha a 4ª Casa da Pólvora de Porto Alegre. O depósito de pólvora funcionou até meados de 1930, quando os militares abandonaram as instalações.

Na década de 50, a Ilha passa ser utilizada como laboratório para desenvolver vacina contra a peste suína que afetava o Estado e o País.

Em 1956, a Ilha passa a abrigar uma penitenciária de segurança máxima.

Durante o regime militar, além de abrigar presos perigosos, a partir de 1970, o presídio da Ilha cedeu espaço a presos políticos.

Em 1973, a prisão chegou a ser desativada, mas reabre em 1980, porém denúncias de torturas e maus tratos aos presos, leva o governo a desativar o presídio e transferir os 25 detentos para a Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas.

Em abril de 1983, o presídio é desativado definitivamente e a administração da Ilha é transferida da Secretaria de Segurança para a Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul.”

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IV Camporee Sul

14 segunda-feira jan 2013

Posted by Márcio Sequeira in Acampamentos, Educação, Escotismo, Movimento Escoteiro

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acampamento, atividades atraentes, camporee, camporee sul, cidadão, Lei Escoteira, paraguay, Parque Osório, Promessa Escoteira

2013 iniciou com muita energia e atividades, prometendo ser mais um bom ano para o Movimento Escoteiro.

Um dos pontos fortes destes primeiros dias de Janeiro foi, sem dúvida, o IV Camporee Sul, realizado entre os dias 9 a 13, no Parque Histórico Marechal Osório, em Tramandaí/RS.

Dele participaram quase 1.500 escoteiros, seniores e pioneiros de vários Estados Brasileiros. Tivemos, também, a participação de uma delegação Paraguaia.

Na abertura oficial foi apresentada um pouco da história dos Camporees Sul o que nos levou de volta ao ano de 1972, quando o I Camporee Sul foi realizado em Joinville/SC.

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Entretanto, a gurizada não estava lá para viver o passado e, sim, aproveitar o presente.

E foi o que fizeram, com atividades escoteiras intensas, completas, que proporcionaram além da amizade e da integração (características de grandes eventos escoteiros), a convivência harmônica com um local histórico (o Parque Osório), aplicação integral da Lei e da Promessa Escoteira, vivência em Patrulha, diversão no parque aquático, serviço à comunidade, interação cooperativa na Aldeia Global e muito mais.

Não podemos deixar de falar da dedicação dos voluntários, Escotistas, Dirigentes e funcionários da UEBRS, pois, foi fundamental para a concretização deste evento. Pessoas que passavam, por vezes, 24 horas trabalhando incansavelmente para que tudo desse certo, ajustando os pequenos problemas de estrutura, normais em grandes eventos, para que não prejudicassem as atividades ou afetassem o clima deste ótimo acampamento.

Voltei para casa com a certeza de que nossos escoteiros, seniores, pioneiros e escotistas saíram do IV Camporee Sul com um grande sorriso, com as “baterias” carregadas positivamente em termos de Escotismo e com reforço dos valores que determinam o rumo do cidadão de bem.

E, assim como disseram os jovens, na cerimonia de encerramento: que venha o V Camporee Sul!

Muito mais do que palavras, o IV Camporee Sul deve ser apresentado por imagens. E é isto que o blog MaisUmEscoteiro quer proporcionar aos nossos leitores, com o post de hoje.

Bom passeio virtual!

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As bases, segundo B-P

17 segunda-feira dez 2012

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Lições da escola da vida, Movimento Escoteiro

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atividades atraentes, ética, B-P, Baden-Powell, compromisso, conduta, Educação, Educação para a vida, Jovens, Lei Escoteira, lições da escola da vida, programa escoteiro, promessa, Promessa Escoteira, sucesso, variadas, video game

No livro “Lições da escola da vida”, Baden-Powell indica quatro pontos necessários para fazer um plano de discurso, de livro ou de uma atividade.

Segundo B-P, estas são as bases para o sucesso de qualquer projeto.

LICOES_DA_ESCOLA_DA_VIDA_1233104075Pa) Saber claramente sua finalidade e saber expressá-la;

b) Que seja atraente;

c) Formular uma lei que lhes sirva de linha de conduta; e

d) Formar uma organização conveniente sob a liderança de chefes competentes.

Foi exatamente isso que ele fez com o Movimento Escoteiro.

Temos inúmeros exemplos de que o planejamento foi seguido a risca por seu criador e, hoje, compete a cada um dos educadores escoteiros tocar este projeto para frente, para que ele continue gerando bons frutos.

A tarefa não é fácil, sem dúvida. Mas, seguindo as orientações dele, temos melhores condições de executar a tarefa e alcançar o êxito esperado.

Mas, para tanto, temos que ser capazes de explicar, claramente, a finalidade do Movimento Escoteiro, não apenas aos pais ou responsáveis, mas, especialmente às crianças e jovens. Para estes, a explicação está inserida no programa escoteiro, ao qual devemos dedicar muita atenção e estudo, disciplina e organização.

Devemos torná-lo ainda mais atraente, sem desculpas que os shoppings, o video-game  e uma série de outros fatores que afastam as crianças e jovens do Escotismo. Quem experimente atividades atraentes, progressivas e variadas, tem tudo para gostar. E quem gosta, fica. Fica a trás outros para compartilhar desta experiência.

Quanto a conduta, se não somos capazes de dar o exemplo da Lei e da Promessa, não deveríamos tentar passar estas normas de conduta para crianças e jovens. Não estamos aqui falando em conhecer ou em “saber de cor”. Mas, de seguir os preceitos éticos e morais da Lei Escoteira, fazendo com que, diariamente, a Promessa seja cumprida por nós mesmos. Senão, como posso pretender ensinar aquilo que não vivencio.

Assim agindo, nos manteremos competentes para levar avante esta organização mundial, educacional, voluntária, apartidária e sem fins lucrativos, cujo Norte é educar nossas crianças e jovens para a vida.

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Há dias e horas que nunca mais esquecemos

23 segunda-feira jul 2012

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Escotismo, Lições da escola da vida, Movimento Escoteiro

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Aprender fazendo, Atividade Escoteira, atividades atraentes, B-P, Baden-Powell, blog, desenvolvimento pessoal com orientação individual, Educação para a vida, Escoteiro, Escotismo, Escotista, Escuteiro, Família, Missão do Escotismo, Mundo melhor, o segredo, Scout Movement, Scouts, uma família

“Nos velhos manuscritos medievais, há páginas formosíssimas e com preciosas iluminuras que valorizam, só por si, qualquer volume e que entusiasmam os bibliófilos, deixando-os maravilhados.

O paciente copista desenhou e coloriu laboriosamente a maiúscula com que abre o capítulo, iluminando-a ao sabor de sua inspiração, mas quase sempre tomando em linha de conta o tema da narrativa ou a data memorável da crônica.

Assim colorida e até, às vezes, doirada, a primeira página de cada capítulo distingue-se perfeitamente das restantes páginas banais e anódinas, assim como o acontecimento que ela evoca faz esquecer, devido a importância excepcional de que se reveste, outros fatos cotidianos de menos importância, conservando-se, bem vivo, na memória ao passo que outros depressa caem no olvido.

Aquilo que acontece na vida dos homens, também acontece na vida dos escutas. Há dias e horas que nunca mais esquecem e que deixam na alma, que as viveu, um traço profundo, feliz ou doloroso, agradável ou trágico, mas sempre inapagável.

Haverá, por exemplo, algum escuteiro que possa recordar com indiferença o dia em que, vestindo pela primeira vez o seu uniforme novo, estendeu a mão para a bandeira, pronunciando, com comoção, as palavras solenes: Prometo pela minha honra!

A vida dos acampamentos tem dias inesquecíveis. E nestes dias, há, sobretudo, uma hora fecunda em impressões benéficas, em lições profundas, em recordações vivificantes: é a hora do Fogo de Conselho.” (extraído do livro Sempre a Direito – O segredo da vida escutista, de Léopold Derbaix, p. 249 e 250).

O Grupo Escoteiro também é uma família e, como tal, tem seus bons e maus momentos.

Na qualidade de Educadores, temos que ser capazes de valorizar os pontos positivos, os bons momentos, as boas recordações e, mais que isso, os bons ensinamentos que o Movimento Escoteiro pode transmitir, durante a formação das crianças e adolescentes.

“Ä vida dos acampamentos tem dias inesquecíveis” e quanto a isso estamos todos de acordo. Mas, o que faremos do dia-a-dia no Grupo? De que forma podemos aproveitar os momentos que passamos com os nossos jovens? Como podemos marcar, positivamente, a formação de cada ser humano que nos chega às portas do Grupo?

Fui Escotista a partir do momento que saí do Ramo Pioneiro e, por opção, minha formação e atuação foram no Ramo Sênior durante anos. Aprendi muito convivendo com os seniores e guias do Grupo. Mas, a maturidade também é boa professora e nos ensina que, inclusive das horas difíceis, podemos tirar boas lições.

“Há dias e horas que nunca mais esquecem e que deixam na alma, que as viveu, um traço profundo”. O Movimento Escoteiro é repleto destes momentos. Saibamos aproveitá-los, para que possamos, realmente, deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, fortalecendo o caráter e reforçando os valores de homens de bem nas crianças e jovens. Saibamos, por meio do Escotismo, ajudar a formar os cidadãos, ativos e preocupados, de amanhã.

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Não existe ensinar, só aprender

06 segunda-feira fev 2012

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Escotismo, Lições da escola da vida, Movimento Escoteiro

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aprender, Aprender fazendo, Atividade Escoteira, atividades atraentes, Crianças, desenvolvimento pessoal com orientação individual, Educação para a vida, ensinar, escoteiro recebe salário, Escotista, Mais um escoteiro, Missão do Escotismo, monitor, Movimento Escoteiro, Mundo melhor, professor, Scouts, ser escuteiro, sistema de patrulha

Muito tempo atrás, conheci uma velha senhora, professora dedicada, pela qual já haviam passado muitas gerações de crianças e adolescentes, cada um em seu tempo, recebendo sua dedicação integral.

Já havia esquecido-me dela quando, anos depois, encontrei-a no supermercado e conversávamos sobre a vida, sobre minha profissão e sobre o Movimento Escoteiro.

Foi neste momento que ela me contou seu segredo: ela achava que professor algum jamais ensinará coisa alguma aos seus alunos. No seu entendimento, a única tarefa do professor é criar um ambiente onde os estudantes possam aprender.

Aquela velha senhora, renomada mestre, de sabedoria notória, por onde lecionou sempre manteve sua simplicidade. Mas isso não mudava sua opinião: o próprio aluno é quem deve puxar o conhecimento para seu cérebro. De nada adianta o professor tentar empurrar as fórmulas, matérias ou o saber para dentro do cérebro do aluno.

Concluiu dizendo que ninguém pode forçar um estudante a adquirir conhecimento. O próprio estudante é quem deve ser receptivo, maleável e desejoso de adquirir conhecimento, senão, de nada adianta o esforço de pais ou professores.

Fiquei durante vários dias refletindo sobre seu pequeno segredo e dei-me conta de que o Sistema de Patrulhas, assim como o Método Escoteiro, funcionam da mesma forma.

Por isso a importância do aprender fazendo, aliado ao interesse voluntário e a orientação individual.

Se não há vontade de ingressar ou permanecer no Escotismo, de nada vai adiantar o esforço do Monitor ou do Escotista, pois o saber não será empurrado para dentro das cabeças das crianças ou jovens.

Parece-me impossível tentar trabalhar contra esta natureza, contra a receptividade, como se fosse possível dar uma injeção de conhecimento ou enxertar toda a matéria, com tudo que se espera ensinar às crianças e jovens.

Temos que nos dar conta de que não existe algo chamado ensinar. O que existe é o APRENDER.

Catherine, Duchess of Cambridge leaves the Christmas Day Church Service with other members of the Royal family, at St Mary's Church in Sandringham on December 25, 2011

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Crescimento + qualidade = crescimento de verdade

23 segunda-feira jan 2012

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Escotismo, Movimento Escoteiro

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Atividade Escoteira, atividades atraentes, Baden-Powell, censo nacional, desenvolvimento pessoal com orientação individual, Educação para a vida, Escoteiro, escoteiro recebe salário, Escotismo, Movimento Escoteiro, Mundo melhor, o jornal, Projeto de vida, qualidade de vida, respeito, Scouts, ser escuteiro

O editorial do jornal Zero Hora falava, dia atrás, abordava a ascensão do Brasil como potência econômica, que ultrapassou o Reino Unido e ocupou o sexto lugar no ranking elaborado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Negócios, de Londres.

Esta informação, muito divulgada na mídia, me fez recordar os textos que havia lido, semanas antes, no blog do Conselheiro Nacional Altamiro Vilhena (altamironocan.wordpress.com), apresentando uma síntese da pesquisa do Conselheiro Nacional Ricardo Coelho.

Este trabalho, acerca dos escoteiros no Brasil, compara o resultado de nossa instituição em 2010 com os dados censo nacional, realizado pelo IBGE.

De forma muito positiva, o crescimento do Movimento Escoteiro no Brasil é palpável e tem sido comemorado por diversos Dirigentes e pelas Regiões Escoteiras.

Particularmente, acredito que está ligado ao aumento da qualidade de vida, estabilidade econômica e da preocupação geral com o nível de educação dos brasileiros. Índices que movimentaram, para cima, o Brasil no ranking de potências econômicas.

Entretanto, entendo que devemos ficar atentos às providências necessárias para que esta curva ascendente não seja descontinuada, assim como referia o jornal ZH, com respeito ao crescimento do país.

Conquistas importantes, como as obtidas pelo Brasil, no cenário mundial, e pelo Movimento Escoteiro Brasileiro perante a Organização Mundial do Movimento Escoteiro e os diversos países, ao sediar a Conferência Escoteira Mundial, realizada no início do ano passado, devem ser celebradas.

Escoteiros Kaingang Futebol Clube - Década de 1940

Mas, não devemos parar na comemoração e no sucesso daquele evento. Devemos tomar tais conquistas como um incentivo maior à consolidação do Escotismo, como fator de modificação social e cultural. Devemos solidificar, ainda mais, nossas bases como importante movimento educacional, voluntário e acessível a todos.

Voltando à estatística contida na pesquisa e no alardeado crescimento econômico nacional, aproveitando os bons ventos que nos levam adiante, entendo que os Escotistas e Dirigentes de Grupos Escoteiros precisam engajar-se, dedicando-se com afinco para que o Planejamento Estratégico seja uma realidade do Escotismo Brasileiro.

Cada um destes sujeitos deve ser partícipe das necessárias alterações de rumo que surgirão, inclusive para que possam entender os reflexos benéficos que advirão ao longo dos anos.

Mas, para tal, é necessário que estejam inseridos no processo, que sejam consultados e que possam expor idéias, sugerir ou propor adequações.

Desta forma, será possível continuar promovendo reformas estruturais que garantam um desenvolvimento sustentável da nossa instituição, cujo reflexo será a continuidade do crescimento quantitativo e qualitativo do Escotismo Brasileiro.

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Coluna do Filipe: Atender as expectativas dos jovens é fácil

09 sexta-feira dez 2011

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Escotismo, Movimento Escoteiro

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Aprender fazendo, Atividade Escoteira, atividades atraentes, Crianças, desenvolvimento pessoal com orientação individual, Educação para a vida, Escoteiro, Escotismo, Método Escoteiro, Projeto de vida, Scouts, ser escuteiro

Atender as expectativas dos jovens é fácil

Quando completei 21 anos resolvi ajudar como assistente na tropa escoteira, e após um ano tive a felicidade de poder assumir como Chefe de Tropa, foi no convite que ouvi a seguinte frase: “os jovens estão precisando de idéias novas”. E seguindo este conselho, mantenho a política de sempre inovar que venho elaborando as atividades.

Mas como entender as “cabecinhas” dos jovens? Simples, seja um deles. Aprenda com eles, preste atenção em cada lobinho, se junte aos escoteiros, questione os seniores e guias. Lembre-se de quando você era um deles. E acima de tudo siga o Método Escoteiro, pois este, concebido por Banden-Powell e funciona há mais de cem anos.

Para seguir o Método Escoteiro é preciso conhecê-lo a fundo e praticá-lo a todo tempo, seguem alguns pontos:

  1. Aceitação da Promessa e da Lei Escoteira:

Lembre cada jovem, do dia da sua Promessa e durante a realização de uma nova cerimônia a importância de a seguirmos, assim como o que diz a Lei Escoteira em cada artigo.

  1. Aprender fazendo:

Mais “mão na massa” e menos “bla bla bla”, o cérebro aprende mais fácil quando usamos mais de um sentido. Não basta só ouvirem, os jovens querem sentir, tocar, falar, descobrir como se faz, ou seja, às vezes é preciso deixar que “se virem”, pois tudo isso faz parte do aprendizado e do crescimento.

  1. Vida em equipe:

No sistema de patrulhas, onde existe a cooperação, liderança e aceitação de responsabilidades os jovens desenvolvem os principais aspectos propostos pelo Movimento Escoteiro, o caráter, respeito, a disciplina. Proponha atividades que fomentem o espírito de equipe, atividades cooperativas são ideais para tal, assim como em acampamentos terão as áreas demarcadas e tarefas para cada patrulha/matilha.

  1. Atividades progressivas, atraentes e variadas:

Elaborar uma programação progressiva, proporcionará o crescimento gradual de cada jovem, e a cada atividade note as reações de cada um, quais aspectos foram mais relevantes e o quanto deverá progredir.

Aqui entram os jogos e treinamento das técnicas mateiras, estas devendo sempre manter o contato com a natureza promovendo a vida ao ar livre. Além da interação com a comunidade, em atividades em escolas, parques e promoção eventos.

  1. Desenvolvimento pessoal:

Neste ponto que os chefes devem prestar mais atenção, pois é no exemplo dos adultos que os jovens se espelham.

O chefe tem que analisar cada situação como se estivesse no lugar do jovem, pois cada um tem suas potencialidades e nelas deve ter confiança e trabalhar em cima dos pontos fracos de cada um, para fortalecer de forma homogênea. Parece difícil, e é. Mas com atenção, diálogo e esforço de ambas as partes cada obstáculo poderá ser vencido.

Lembre-se por mais que um chefe fale, são suas atitudes que serão copiadas.

Tendo total conhecimento desta “receita”, que chamamos de Método Escoteiro, ficará fácil agora para você escotista que pretende realizar ótimas atividades e ter uma excelente alcatéia ou tropa. Basta medir cada ingrediente e não se esquecer de misturar bastante.

Ao aprender com os jovens, tanto quando eles aprendem conosco, torna possível para um chefe atender o que eles (lobinhos, escoteiros, seniores e guias) esperam do Movimento Escoteiro.

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Acampar, com propósito, é sempre melhor

28 segunda-feira nov 2011

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Escotismo, Movimento Escoteiro

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acampamento, Atividade Escoteira, atividades atraentes, fotos, Grêmio Náutico União, Jovens, Mais um escoteiro, Método Escoteiro, Movimento Escoteiro, Scouts, ser escuteiro, Teotônia, Walt Disney

Vinte dias atrás, o blog MaisUmEscoteiro postava relatos do acampamento do 2º Distrito Escoteiro, no Município de Arambaré, ocorrido no final de semana anterior ao post.

Hoje, tenta trazer um pouquinho da belíssima atividade, das vivências e da prática do Escotismo, durante o (já tradicional) Acampamento da Teotônia, organizado pelo Grupo Escoteiro Guia Lopes.

Quase 500 pessoas envolvidas num evento deste porte e com a qualidade apresentada, entre crianças, jovens, escotistas e equipe de apoio, que movimentaram a Ilha do Pavão desde a sexta-feira (25/nov).

O tempo ajudou, sem dúvida. Mas, de nada valeria o calor e o céu azul, sem atividades atraentes e variadas, para todos os Ramos.

E esta era a sensação de quem transitava por entre Lobinhos, correndo de um lado para outro, em meio às histórias do Pato Donald, Tio Patinhas e sua turma. Não faltaram guloseimas na Casa da Vovó Donalda, caça à moedinha número 1 e magias com a Maga Patalógica.

No Ramo Escoteiro, “George o rei da floresta”, “Nem que a vaca tussa”, “Piratas do caribe” e outros filmes assinados pela Disney-Pixar movimentaram a gurizada, muito mais do que a água do Rio Guaíba. E por falar nisso, não poucas foram as vezes em que a água esteve presente na atividade, seja com os Escoteiros dentro dela, seja com ela molhando os Escoteiros.

Enquanto isso, no Ramo Sênior, a atividade desenvolvida pelos jovens demonstrava total integração entre as equipes formadas por diferentes Grupos. As tarefas instigavam o raciocínio e o trabalho da Patrulha, para resolver a mudança nas histórias de Walt Disney, personagens ou objetos, feitas pela Teotônia, para tornar tudo mais “interessante”.

E não pensem que a língua foi uma barreira, pois, os Escoteiros que vieram do Uruguai especialmente para o acampamento estavam tão integrados com os escoteiros brasileiros que pareciam ser velhos amigos. Trabalharam em perfeita harmonia e, por certo, construíram amizades capazes de ultrapassar fronteiras e aproximar idiomas.

Mas, muito melhor do que qualquer frase, são as imagens captadas durante o Acampamento da Teotônia.

Espero que aproveitem, assim como todos nós aproveitamos este evento. Parabéns ao Grupo Escoteiro Guia Lopes e a todos os Escotistas e Dirigentes, essenciais na concretização dos sonhos das nossas crianças e jovens.

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Velho dilema da sede

14 segunda-feira nov 2011

Posted by Márcio Sequeira in Educação, Escotismo, Movimento Escoteiro

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ar-livre, Atividade Escoteira, atividades atraentes, desenvolvimento pessoal com orientação individual, mantenedora, Projeto de vida, responsabilidade social, Scouts, sede, ser escuteiro

Por que temos tanto problemas com sede se, para o Escoteiro, basta a barraca para nos proteger da intempérie? Por qual razão nos preocupamos tanto com sede, se nossas melhores atividades são ao ar livre?

Muitos Grupos Escoteiros já passaram por problemas com suas sedes. Para alguns, o problema foi tão grande que a falta da sede quase acabou com o Grupo. Para outros, como a Phoenix, serviu para alçarem novos e maios altos vôos.

Em minha experiência pessoal, pude acompanhar este dilema de diversos Grupos Escoteiros no RS.  Grupos tradicionais, em associações, escolas ou clubes que, de uma hora para a outra, passaram a não ser mais necessários. Passaram a ser vistos como intrusos na comunidade.

No Grupo Escoteiro ao qual sou vinculado já tivemos várias mudanças, algumas muito boas, outras péssimas. Geralmente vinculadas ao maior ou menor apoio da diretoria da entidade mantenedora.

Muitas vezes, o local fechado durante toda a semana, utilizado apenas aos sábados, torna-se um “alvo fácil” para outras destinações, de acordo com o interesse da mantenedora. Afinal, “os escoteiros quase não usam, mesmo”.

Recentemente, a parede da nossa sede avançou um metro, para dentro, tirando-nos em torno de 6m² em razão de modificações e melhorias no clube. Isto nos faz pensar se deveríamos investir tempo e dinheiro para fazermos um mezanino na sede (que não é nossa e que pode ser solicitada a qualquer momento) ou se deveríamos procurar uma alternativa fora do clube.

Sim, precisamos de um local para guardar nosso material, para fazermos atividade nos dias de chuva, para reuniões e conselhos de pais ou Escotistas. Isso é incontestável!

Mas não podemos transformar a “razão de existir” do Grupo Escoteiro na busca por uma sede própria.  Às vezes, a mudança de paradigma é necessária.

Logicamente, em alguns casos, a decisão de expulsar (ou acabar) com o Grupo Escoteiro, depois de tomada pela mantenedora, é irreversível. Mas, parece-me que o caminho trilhado até que esta decisão seja tomada, poderia ser reescrito, caso tivéssemos sido capazes de perceber os sinais.

Acredito que incumbe ao Grupo Escoteiro demonstrar sua utilidade, especialmente, em tempos de Responsabilidade Social como tônica para muitas empresas e entidades públicas e privadas.

Mais, o Grupo Escoteiro deve – sempre que possível – ter nos quadros da mantenedora dirigentes Escoteiros responsáveis e atuantes, capazes de inserir, mais e mais, os princípios e atividades escoteiras no âmago da mantenedora.

Para que eu disponha de um quarto, na minha casa, para determinada atividade, esta deve ser muito importante. Da mesma forma, para que a mantenedora tenha disponível um espaço para o Grupo Escoteiro, este deve ser importante, deve ter uma contrapartida que seja interessante à mantenedora.

Nossa obrigação é demonstrar o quão importante somos, como fator de modificação social, para crianças e jovens da comunidade na qual estamos inseridos. Que a formação e a educação proporcionadas pelo Movimento Escoteiro têm muito valor, não só para os associados, mas para todos que estão ao nosso redor.

Mas, não esquecendo que a importância do Escotismo deve ultrapassar nossas fronteiras. Deve alcançar, de forma objetiva, a mantenedora, correspondendo ao que ela espera do Grupo Escoteiro que acolhe.

E devemos estar atentos para os sinais de desacordo ou de desincompatibilização entre a mantenedora e o Grupo Escoteiro, para que todos os esforços, de nossa parte, sejam feitas para mudar o destino (e quem sabe a destinação) do problema com a sede do Grupo Escoteiro.

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