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Baden-Powell, Educação, Método Escoteiro, promessa, traje escoteiro, uniforme escoteiro, vestuário escoteiro
Ei você aí…. sabia que nós somos diferentes de uma moeda, não temos dois lados. Sabia, também, que não estamos num faroeste, no qual existem bandidos e mocinhos.
Tenho acompanhado as discussões nas redes sociais, nos emails e, algumas vezes, até pessoalmente. Parece-me uma verdadeira falta de tempo, falta de propósito. Ainda pior é que cada qual fica, insistentemente, tentando convencer o outro de que a sua posição é a correta.
De certa forma, estamos todos acostumados a isso. Afinal de contas, a vida é regida por antônimos. O que vemos é cada um criando seu cavalo de batalha para defender o “meu” ou o “seu”. Porém, esquecemos do “nosso”.
A discussão que estamos presenciando, atualmente, não é nova, eu sei. Está apenas sendo reeditada, cerca de 20 anos depois.
E isto faz-se refletir sobre o que realmente mudou daquele tempo até os dias de hoje? Quão importante pode ser para nossa associação ou para as pessoas que a compõem se determinada pessoa usa traje, uniforme ou vestuário?
Estamos preocupados com a “casca”, quando deveríamos voltar nossas atenções para o conteúdo. Tenho uma amiga Escoteira Peruana (saludos a Bettina Chian!!) que comentou, dia destes, que a vestimenta escoteira está mais bonita. Entretanto, o mais importante é que por dentro, felizmente, permanece o mesmo espirito escoteiro de antes!
Somos todos irmãos de ideal, somos todos Escoteiros. Se o Grupo Escoteiro faz uso do uniforme A, B ou C, pouco importa. O fundamental é saber se aquele Grupo está proporcionando as crianças e jovens a educação e o Método Escoteiro com toda a qualidade que deve.
Querem saber se tenho preferência pelo roxo ou pelo amarelo?
Prefiro é que tenhamos empenho máximo no auxílio da formação do caráter de um número cada vez maior de crianças e jovens. Aplicando e proporcionando boas atividades, fazendo-os viver em comunidade, trabalhar pela comunidade, preocupando-se com um mundo melhor, para que ele comece a ser construído agora.
Enfim, tudo aquilo que nosso fundador no ensinou e que é o grande diferencial do Movimento Escoteiro.
O resto é embalagem, um invólucro qualquer.
Temos um produto maravilhoso, que passa de geração em geração deixando marcas positivas, criando cidadãos responsáveis, pelo Brasil e pelo mundo.
Pensemos nisto e passemos a cobrar do nosso e dos outros Grupos Escoteiros não apenas o pacote, a aparência externa, mas a aplicação correta e cotidiana do Método Escoteiro.
Assim manteremos a coerência esperada de uma organização mundial, educacional, preocupada com o desenvolvimento do jovem, para que ele assuma seu próprio crescimento, tornando-se exemplo de fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina. Tornando-se um verdadeiro escoteiro… além das roupas que usa.